terça-feira, 12 de maio de 2015

3ª Edição do Concurso "Estórias à Solta"- Textos premiados no 1º escalão


 
Os textos que aqui publicamos  serão brevemente ilustrados pelos alunos da Escola Básica do Bonito, nas horas de frequência da biblioteca escolar, à hora do almoço.
Se ficarem bem bonitos, talvez saiam da Escola, rumem para  um espaço municipal e fiquem em exposição, para toda a comunidade os poder apreciar.


1ºPRÉMIO - O GATO DAS BOTAS
 
Era uma vez um homem que era moleiro e tinha três filhos. Um dia faleceu e deixou a cada filho a sua herança. Ao mais novo, deixou o gato, ao irmão mais velho o moinho e ao seu outro filho um burro:
O irmão mais velho utilizou o moinho para fazer farinha, o segundo irmão mais velho usou o burro para procurar mais riquezas e o mais novo o gato…
- O que é que vou fazer com este gato?
O gato exclamou:
- Eu sei! Traz-me um chapéu, umas botas e uma capa. Verás o que acontece!
Então, o Pedro logo o atendeu e trouxe-lhe o que foi pedido. O gato tinha um plano. Ele caçou um coelho bravo e foi até ao castelo do rei.
Antes de lá chegar, teve de passar pelo lobo.
- O  que é que queres lobo, não me quero meter em confusões, olha que já sei daquela história da avozinha!- exclamou o gato meio assustado.
- Tem calma gato. Ou te como ou trazes-me uma lebre, aí eu fico bem servido e deixo-te passar.
O gato não tinha outra hipótese, mas se calhar tinha. Com uma espada partiu um ramo de árvore, pôs um pano na cara do lobo e disse:
É um tratamento especial, para quando comeres saber-te a carne acabada de caçar, porque vai demorar uns trinta minutos. Agora deita-te e relaxa.
O ramo devia ter cem centímetros. Então partiu-o em três partes, tirou um atacador, atou os paus em forma de ponte e prendeu o lobo.
O lobo sentiu e exclamou:
- Eu sabia que não deveria ter confiado em ti!
Então o gato fugiu e bateu à porta…toc, toc, toc…
Atrás da porta estava a Branca de Neve.
- Olá caro gato, o que te traz aqui ao castelo?
- Olá, tenho um presente para o rei!- exclamou o gato. Para disfarçar, ele tinha posto o coelho numa caixa.
A Branca de Neve desconfiada perguntou-lhe:
- Como é que eu sei que não és um ladrão?
- Um ladrão não se vestiria assim!
A Branca de Neve como prima da princesa deixou-o entrar.
- Caro cidadão o que o traz aqui?
- Majestade, trago um presente para si! Foi o meu mestre que lhe mandou.
O rei aceitou pois um coelho de trinta centímetros não era para brincadeira. O gato, todos os dias lhe mandara presentes.
O rei exigiu conhecer esse mestre, o gato chamava-lhe de Marquês de Carabás.
- Claro Majestade, com todo o prazer! O encontro será amanhã ao meio dia e um ponto.
A rainha encontrou o gato à porta do castelo e perguntou-lhe:
- Esse Marquês de Carabás é rico e bonito?
O gato respondeu que sim.
O encontro era no seu castelo, no castelo do Marquês.
-Gato? Estás louco, eu sou pobre e nem tenho um castelo!
- Pedro, não te preocupes eu tenho um plano!
O gato foi até ao castelo do Ogre.
- Senhor, disseram-me que possuía muitos poderes, mas você não se  conseguiria transformar num rato.
- Ai é? Olha só!
O gato comeu-o! Agora o castelo era do Marquês! O gato também tinha dito ao rei que o Marquês tinha campos, então foi até lá e disse a toda a população:
- Se vos perguntarem a quem pertencem estes campos respondem que são do Marquês! Se não o fizerem irão arrepender-se.
O gato mandou o Marquês mandar-se para a água, porque a carruagem vinha a caminho e começou a gritar:
- O Marquês está a afogar-se! Ajudem!
O rei e a rainha deram-lhe outra roupa e seguiram para o castelo do Marquês.
- Marquês de Carabás, o senhor é casado?
- Não, mas ando à procura de uma esposa.- respondeu o Marquês, olhando para a princesa.
Então decidiram casar.
Isto tudo graças ao gato que o pai lhe deu!
 
Filipa Dias Figueiredo – Turma 2401 – Escola Básica do Bonito
 



1ª MENÇÃO HONROSA - O GATO DAS BOTAS


Era uma vez um moleiro que tinha três filhos e decidiu dar a cada um uma herança. Ao mais velho deu um moinho, ao do meio, um burro e ao mais novo um gato!
O filho mais novo ficou triste ao receber um gato, mas o que havia ele de fazer?
Foi então que o gato começou a falar:
         - Eu sei! Eu sei! Vem comigo, vem caçar! Porque a partir de agora vais ser o Marquês de Carabás! Só preciso de umas botas e de um chapéu!
O Marquês de Carabás não quis ofender o gato e por isso aceitou. Mas, quando lá chegou viu um lobo quase a devorar três porquinhos. O gato não perdeu tempo e tentou disparar para o lobo mas falhou, por sorte ele assustou-se e fugiu. Os três porquinhos agradeceram ao gato e a partir daí ficaram amigos.
         No fim da caça o gato conseguiu caçar dez coelhos para oferecer à nobreza.
         - Aqui tem, meu rei! Dez coelhos para si!
         O rei ficou muito agradecido e perguntou-lhe se tinha um dono e o gato respondeu que sim e que se chamava Marquês de Carabás!
         Quando o gato regressou a casa trouxe boas notícias ao seu amo.
         - Amo! Amo! O rei disse que te quer ver hoje à tarde no teu castelo!
         O Marquês de Carabás ficou em pânico, pois ele não tinha nenhum castelo.
Mas o gato exclamou que tinha uma ideia.
         O gato muito feliz e contente pediu aos três porquinhos para construírem o seguinte: ao mais novo, um grande terreno, ao do meio, casas e ao mais velho um grande e bonito castelo!
Enquanto isso, o gato levou o seu amo até ao lago. Mas, quando lá chegaram estava lá o lobo que não os deixava se não lhe dessem mais de dez coelhos. O gato não tinha tempo por isso desatou a chorar. Nesse momento o seu chapéu começou a voar e quando voltou tinham passado dois minutos.
Qual não foi o espanto do gato quando espreitou para dentro dele e viu vinte coelhos. Entregou ao lobo o que ele tinha pedido e ele finalmente foi-se embora.
De seguida, o gato pediu ao seu amo que entrasse para o lago e que fingisse que se estava a afogar. A carruagem real tinha chegado e ajudou o Marquês de Carabás. Deram-lhe roupas reais e levaram-no ao seu castelo.
         - Quando é que nos mostras o teu palácio?- perguntou a princesa. O Marquês de Carabás, assustado, não respondeu porque não tinha nenhum palácio. Mas o gato respondeu logo de seguida:
         - É na rua do Casal Norte de Idosos!
         -Oh, então podemos lá ir agora?
         O gato disse que sim.
         A meio do caminho o gato apanhou um atalho para ver se já estava tudo pronto, e estava! O castelo estava pronto.
         Quando entraram a filha do rei olhou para o Marquês de Carabás com um ar admirado e corado e disse:
         - Que belo castelo!
         O rei ficou impressionado e contente com o que ela dissera.
         -É aqui! Aqui! É aqui que vai ser o casamento!
         No dia seguinte foi o casamento e os porquinhos foram os padrinhos.
         O gato, feliz, começou a dizer coisas sobre um grande ogre que lá habitava.
         No final, o gato disse ao seu amo:
         - Vês amo, é melhor ter um gato do que um moinho ou um burro! 
Beatriz da Silva Teló – Turma 2401 – Escola Básica do Bonito
 
 
 
 
 2ª MENÇÃO HONROSA

Num bosque muito distante, estava uma rapariga tão branca como a neve, a apanhar flores silvestres.

Ao longe, avistou 3 casas todas diferentes umas das outras. Uma era feita de madeira, outra de palha e outra de tijolos. Cheia de curiosidade, aproximou-se e bateu na porta da casa de tijolos.
Ao abrir a porta, viu um porco animadíssimo, a fazer uma bela sopa da pedra.
- Hum, que cheirinho! – disse a Branca de Neve.
Olá! – Queres almoçar comigo e com os meus irmãos? – disse o porco.
A Branca de Neve aceitou. A sopa estava deliciosa. Entretanto, ouviram um barulho estranho. Todos foram espreitar à janela e ao espreitar viram que era um lobo com muita fome. Um dos porquinhos disse:
- Fujam todos, é o lobo mau…!
Mas o lobo na verdade, só queria comer com eles porque a sopa lhe cheirava muito bem. Então o lobo disse:
- Eu não vos quero comer, eu só queria comer essa sopa com vocês!
- Não acreditem nele. Ele só quer é nos comer a todos! – disse um dos 3 porquinhos.
Mas o lobo na verdade, não os estava a enganar, o porquinho é que estava errado. Ele não sabia que o lobo estava a dizer a verdade, mas a Branca de Neve muito mais calma disse:
- Se só queres comer connosco podes comer à vontade!
- Tens mesmo a certeza!? Eu acho que ele nos quer é comer! – interrogou  outro porco.
- Fica descansado, eu confio no lobo – respondeu a Branca de Neve.
Então lá comeram todos felizes. Entretanto ouvem uma voz muito afinada:
- Quem é que quer casar com o príncipe? Miauuu?!!
Era o Gato das Botas à procura de uma rapariga para casar com o príncipe. 
A Branca de Neve abriu a porta e foi ver o que se passava lá fora. O Gato das Botas ao ver uma rapariga tão branca como a neve, perguntou-lhe logo se ela queria casar com o príncipe e a Branca de Neve respondeu-lhe:
- Isso para mim seria um sonho, mas e os meus amigos? Eu não os quero deixar aqui sozinhos!
- Eles também podem ir! - disse o Gato das Botas.
A Branca de Neve ficou muito feliz. Foi contar a todos os seus amigos. Quando casou com o príncipe, os 3 porquinhos passaram a ser os melhores cozinheiros do reino, o lobo passou a ser quem provava a comida para ver se estava boa (às vezes até a comia) e o Gato das Botas passou a ser o guarda do castelo.
Assim viveram todos felizes para sempre.
 
Luana Patrícia Sequeira Correia – Turma 2403 – Escola Básica do Bonito
 

1 comentário:

  1. Estão de parabéns!! Assim se efectiva a articulação sustentável desejada entre as bibliotecas e a comunidade educativa



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